Levo um tremendo susto sempre que me proponho a pesquisar sobre mulher e sua relação com o sexo. Todos os temas, trabalhos acadêmicos e livros remetem a algum tipo de violência sexual sofrida pelas mulheres, dicas de como agradar um homem ou, pior, em como, onde e como gozar. Esses assuntos são de extrema relevância, mas há outros fatores a se discutir, estudar e analisar. Infelizmente ainda não encontrei livros, textos, artigos, ensaios ou qualquer outra coisa mais profunda que aborde a relevância do sexo na vida das mulheres, sejam elas mãe, mulher, amante, namorada, lésbica, trans e etc. É fato que nós, mulheres, sofremos há anos com falta de igualdade de salários. É sabido também que os índices de violências e discriminações sofridas ainda são muitos altos, mas está na hora de mudar o discurso.
Por anos as mulheres sofreram limites na sua liberdade sexual, agora é o momento de buscar essa tal liberdade, de usufruir da mesma de forma livre e não discriminatória. Não me refiro à liberdade a que muitas (os) relacionam com ‘crianças’ usando shortinho e “ralando a tcheca no chão” e muito menos transar com 10,11,12 anos ou ter filhos antes dos 15, mas sim da liberdade de entender o nosso corpo, de si conhecer, de si permitir viver e transar da maneira como bem lhe convir obedecendo aí os limites da idade e do corpo.
Refiro-me à liberdade adulta de uma mulher transar por prazer e não por obrigação, da liberdade de dizer não quando não estiver a fim de transar. Essa ideia obsoleta de que a mulher tem que está disponível para o sexo, precisa ser desconstruída, a menos é claro que a disponibilidade e vontade sejam recíprocas.
O autoconhecimento é imprescindível e inerente à pessoa humana. E, nessa condição de mulher, precisamos si permitir a esse autoconhecimento sem preconceito e muito menos tabus contra a sua própria liberdade sexual. Sexo é muito gostoso, mas depende da relação que uma pessoa tem consigo mesma.
No mais, não seja antiquada e obsoleta. Dogma não nos trás saber e podam nossa liberdade. Fomos por muito tempo oprimidas, escravas de pais, maridos e costumes. A sociedade precisa respeitar a liberdade individual. As crianças, precocemente iniciadas na vida sexual, precisam curti a sua juventude e ter à sua liberdade no tempo certo. Você, mulher, não permita que costumes patriarcais invada a sua privacidade e dite o que você deve ou não fazer. Tal decisão é intransferível, portanto você é a única responsável por decidir o que lhe dá prazer, tesão e orgasmos. E que se concretize a liberdade, respeito e a sexualidade de cada ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Se Gostou, compartilhe. Caso contrário, esculhambe.
Beijos da preta ;)